Domingo é um dia muito especial no Futebol. É dia de jogo, dia de romaria e, nalguns duelos especiais, dia de derby ou de “Clássico”.

Neste específico, temos um programa completo, do final da manhã até à hora de ir deitar do Vitinho, com espaço para aquele brunch tardio. E até deixámos de parte o clássico dos “kits mais espectaculares”, entre a Fiorentina e a Sampdoria.
Arsenal — Tottenham | Domingo 12:00 | SportTV 3
O Emirates Stadium é o palco para um dos derbys mais antigos da história do futebol, o “North London Derby”. Jogado pela primeira vez em 1887, o balanço é ainda favorável aos arsenalistas (73V, 55D, 48E com 272:237 em golos) embora não vençam os Spurs desde 2014.
Ambos os clubes londrinos estão no top-5 e, tal como as outras três equipas, apenas separados por 3 pontos, pelo que este é um encontro que, para além das motivações históricas, tem já algum peso na hierarquia da tabela, nomeadamente para os visitantes.
Wenger e os seus meninos tiveram mais um grande arranque mas ainda não começou a época do mau tempo — a.k.a. “O Natal” do Arsenal — e o “Barcelona sem títulos” (obrigado Pedro Henriques, por esta grande expressão) tem que trabalhar como a formiga e armazenar já pontos para não sofrer no Inverno.
O Tottenham do Mauricio parece cada vez mais sólido e consistente (também já vamos no 3º ano do argentino), equilibrando-se mais e mais com o habitual Top-4 da EPL, na esperança de melhorar a classificação do ano passado. Sim, isso mesmo, ser o #1 da Premier. Agora, já todos acreditam que é possível.
Olympiakos — Panathinaikos | Domingo 17:30 | InácioTV
Tochas. Petardos. Cadeiras. Isqueiros. Garrafas. Cabeças de porco. Estes são os objectos normais para se levar para a “Mãe de todas as batalhas” ou, como nós o conhecemos, o Olympiakos-Panathinaikos. A não ser que o vás ver no sofá, como nós. Na redacção já estamos em pulgas para ver o 2º maior fogo de artifício do ano em Atenas. Se quiseres experimentar algo diferente, recomendamos um drinking game, com um shot a cada interrupção do jogo para fait divers.
O Olympiakos de Paulo Bento (nota do editor: ainda o treinador à altura da produção deste artigo, porque com Marinakis nunca se sabe) já perdeu um jogo este ano, algo pouco comum na desequilibrada Liga Grega e comanda já com destaque (18 pontos em 7 jornadas, 4 de avanço) com o seu plantel que parece de outro campeonato.
Do outro lado da barricada, os Verdes já não são campeões desde 09/10 e, tendo perdido pontos em 3 dos 7 jogos, chegam ao derby dos “eternos inimigos” numa posição delicada, correndo o risco de ficar já a 7 pontos do seu maior (e único) rival.
Sevilha — Barcelona | Domingo 19:45 | SportTV2
Figura de proa da jornada 11 da Liga Santander, o Sevilha-Barça é uma reedição da Supertaça espanhola deste ano. Nessa altura os catalães levaram a melhor, com vitórias por 0–2 e 3–0.
Desde aí, Sampaoli já imprimiu o seu cunho nos sevilhanos e os andaluzes encontram-se em posição europeia e apenas a 1 ponto do Barcelona e a 3 da liderança do Real Madrid. Vietto encontra-se em grande forma e N’Zonzi, depois de anos na EPL em equipas de menor dimensão, começa agora a revelar-se como um médio completo e que preenche o campo, naquele registo do “70% da Terra é coberta por água e o resto é coberto pelo Kanté”.
Depois de mais uma derrota, desta vez em Manchester (a terceira da época, algo pouco usual para o Barça), exige-se uma reacção forte aos comandados de Luis Enrique, para não correrem o risco de deixar fugir ainda mais os merengues.
Olhando para as duas equipas e para as suas filosofias, menos de quatro golos neste jogo vai saber a desilusão.
Porto — Benfica | Domingo 18:00 | SportTV1
Deixámos o melhor para o fim. Ou o mais pertinente, para os mais específicos com as palavras.
Nos Dragões, esta é a época da revelação, afirmação e confirmação de André Silva, tudo em apenas 10 jornadas. O jovem ponta-de-lança português (espécie protegida e em vias de extinção) é o foco de todo o jogo ofensivo dos azuis-e-brancos, embora os maiores responsáveis pela criação de jogo ofensivo ainda residam no banco portista. Talvez Nuno Espírito Santo esteja a guardar os ases na manga para o Clássico.
Do lado encarnado, Rui Vitória tem usado e abusado dos mesmos 11 jogadores, seguindo a máxima “em equipa que ganha, não se mexe”. Os sucessos encarnados têm tido mais de pragmatismo do que de panache e, apesar dos resultados positivos, as Águias tardam em encantar.
Com um jogo entre uma equipa que não pode perder e uma que vai fazer tudo para manter o 0–0, este deverá ser dos derbies mais mornos dos últimos anos, sobretudo porque NES e RV são dois dos mais fiéis seguidores daquilo que se tornou a matriz do futebol nacional: “jogar ao ataque, bem fechadinhos lá atrás”.