Duelos imperdíveis do International Break

Com os campeonatos parados para International Break, as atenções voltam-se para as selecções.


Há encontros interessantes com fartura durante esta semana, o fim-de-semana e a semana seguinte. O objectivo é sempre o mesmo: chegar ao Campeonato do Mundo de 2018, na Rússia. Como não queremos que fiques a ressacar com falta de bola, deixamos-te aqui a nossa escolha de jogos que não devias perder e porquê.

Itália — Espanha (quinta 6, 19h45 SPORT TV 1)

Italianos e espanhóis são os claros candidatos do grupo G a ocuparem os dois lugares que dão acesso ao Mundial (um deles através do Playoff) e encontram-se em Turim para discutir o primeiro lugar do grupo. Depois do embate no Euro’16, favorável aos italianos e certamente ainda fresco na memória espanhola, temos agora dois novos managers ao leme. Do lado italiano, Giampiero Ventura na 2ª vez que substitui Conte numa equipa (a outra foi no Bari em 2009), aventura-se no mais importante desafio da sua carreira, depois de 5 anos no Toro com reconhecido sucesso. Do outro lado temos Lopetegui, a regressar ao seu habitat natural, a Federação Espanhola e dar treinos de 2 em 2 meses, depois de uma passagem menos feliz no Porto. Se da Itália esperamos mais do mesmo, evoluída tacticamente e com o histórico cinismo azzùrro, na Espanha contamos com um regresso à matriz do Tiki-Taka, que se foi desvanecendo após a saída de Pep do Barça. Alea jacta est.

Senegal — Cabo Verde (sábado 8, 21h00)

Há 16 anos que Cabo Verde não ganha ao Senegal e, depois de uma qualificação para a CAN falhada, nada melhor que uma visita à 3ª selecção africana (segundo o ranking da FIFA) para meter ainda mais pressão na estreia de Lúcio Antunes, após o seu regresso como “salvador” da honra entretanto perdida. Com peças basilares de alto nível em todos os sectores — Koulibaly atrás, Kouyaté no meio e Mané na frente (Sadio e não o Carlos) -, não vai ser nada fácil para os Tubarões Azuis. Mesmo que reforçados com os regressos pela mão de Lúcio de Ricardo, do Paços, e de Zé Luís, agora em Moscovo, e actualmente com uma equipa de jogadores que evoluem nos 4 cantos do Velho Continente.

Holanda — França (segunda 10, 19h45 SPORT TV 1)

A Holanda já não é o que era. E não estamos a falar de novas leis contra estrangeiros que a visitam. A sua oponente, a França, também já não é o que era. Até já perde com Portugal. E em casa. E numa final de um Europeu. Europeu esse que foi visto em casa, a sua e não a dos franceses, pelos holandeses, pela primeira vez desde 84; e não falhavam uma competição internacional desde 2002. Aparentemente, esta geração deixa algo a desejar e embora não tenha revolucionado a equipa, já se notam algumas caras novas com Danny Blind. Este será o seu primeiro teste a sério, contra uma França ainda atordoada pela Mega-Festa do 10 de Julho em Paris e que já desperdiçou pontos na Bielorrússia.

Eslovénia — Inglaterra (terça 11, 19h45 SPORT TV 2)

A selecção inglesa não está muito longe de descer ao nível que tinha quando foi treinada por Mike Bassett e o circo itinerante em que se tornaram os Three Lions desloca-se na terça-feira à Eslovénia, terra de um dos melhores guarda-redes a perseguir dinheiro remates na Europa. Para o testar vamos ter Rooney, que deve voltar a ser titular num jogo de futebol depois de 3 blanks consecutivas com o Zé, e Rashford, o novo prodígio britânico, numa parelha mancuniana que ambos gostariam de consolidar de vermelho. Southgate é agora o dono desta batata quente e vamos ver se não regressa do Adriático outra vez escondido num saco de papel.

Colômbia — Uruguai (terça 11, 21h30 SPORT TV 1)

Para terminar o International Break em grande, se existissem odds para um over/under de amarelos neste jogo, teríamos certamente um 9.5 ou 10.5 para essa linha. Os Cafeteros trouxeram uma falta de comparência de Montevideu e derrotas dessas têm um peso especial, sobretudo em equipas sul-americanas (e não, não temos nenhuma estatística que comprove isto, apenas uma memória histórica de alguns sururus míticos). A Celeste está a envelhecer bem e lidera neste momento a qualificação sul-americana mas depois de um 2015 enfático, tem sentido dificuldades em 2016, empatando com Brasil e perdendo na Argentina. Este é um daqueles jogos que vemos para além dos atributos técnicos e tácticos das duas equipas, que esquecemos que estão em campo Suárez, Cavani, James e Cuadrado e nos sentamos com as pipocas, só para registarmos o nível de agrião que atinge.

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